fonte: google |
Os que me enchergam por dentro tem pedra e metal entre os dedos
Ando pela sombra dos prédios altos na avenida
Sob o sol de cada amanhecer logo cedo.
Acolhido pelas noites de vento gelado
Engolindo as verdades amargas
Dissolvendo-as na fumaça do cigarro
Vendo flutuar as ilusões erradas
É preciso manter a alma trancada
Prender sua escência neste corpo bruto
De olhos fechados e a boca calada
Deslizar despercebido pelos caminhos do mundo...
Corpos vazios cheios de alma
São feitos para serem livres de amarras
Usando os olhos como porta de entrada
Tendo a pele ferida e arranhada.
E o amargo é presente denovo
Pela nicotina impreguinada na lingua
tendo as boas lembranças de esboço
De uma vida pela frente que morre a míngua...
{ouvindo: o silêncio de uma noite qualquer}