sábado, 28 de julho de 2012

NUMB

Meu cinzeiro transborda
o resto de café secou no fundo da xícara
o resto de licor secou no fundo do copo
eu não sei que horas são.

O quarto e a janela estão fechados
a procrastinação prevalece novamente
junto ao silêncio, ela sempre vence...

Quantas vezese eu peguei o telefone mas desisti de ligar?
amarrei os tênis e continuei sentado.
a rua é tão silenciosa de madrugada
e isso é tão confortável.
Dá preguiça de acabar com a própria vida
quando se tem tantos livros embalados me esperando para lêlos...

Encontrar os amigos mais tarde
rir das mesmas coisas
lembrar de épocas boas que fazem parte de uma coleção...

Existe alguém igual a mim por aí?
Todos nós somos cópias uns dos outros.
POrque um orgasmo dura dez segundos
e uma dor de dente uns dois dias?

Não esperem nada de mim
vou ascender outro cigarro
encher outro copo
tentar dormir um pouco mais
e tanto faz o mundo lá fora...
ele não me pertence mais
nem nunca pertenceu...
eu só me enganei todo esse tempo
e isso cansa, pesa, perde a graça...

domingo, 1 de julho de 2012

Cara Estranho

Ele tem tantos defeitos
Que nem os percebe, não os conhece
E por isso não entende porque é rejeitado...

Se olha no espelho uma vez por dia
\e se acha descente,
merecedor de alguém pra amar
e amá-lo

Nem tenta ser o melhor que pode
porque se acha o suficiente.

E ninguém sabe explicar
o que incomoda tanto,
algo oculto e indecifrável
um tipo de defeito inventado e discohecido.

O cara estranho morrerá asim, sozinho
porque ninguém o ajuda a entender
Só se enganam, e o enganam por um tempo
Depois fojem sem tentar entender...

O cara estranho será sempre estranho até para ele mesmo
Sem saber dos seus defeitos.
Com um sorriso ingênuo
Debaixo de seu  chapéu...

Talvez tente ser outro cara
Tente outros caminhos
mas voltara a sua origem
tentando estender seus prazeres ao máximo
até a próxima desistência...
...e só fará falta
quando não estiver mais por aqui...